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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


As vezes eu nos imagino sentados no sofá em uma tarde qualquer de domingo, assistindo a um filme de comédia e tomando um bom café ou até algo menos clichê como refrigerante; nada daquele silêncio entre nós, na realidade, sempre penso na gente rindo como duas crianças, jogando pipoca um no outro e deixando o filme de lado por um bom tempo e quando resolvemos prestar atenção no que está nele acontecendo já está no final e ficamos nos perguntando “tu consegui entender alguma coisa?”. E quando eu deitar no seu colo e te olhar como quem curte um momento romântico, você me faz cócegas e me morde. Nada muito “mosinho” demais, nada muito “docinho” demais, afinal, doce enjoa e enjoar é a última coisa que quero que aconteça entre e eu e você. E as discussões? É, eu sei que sempre vão acontecer, não me iludo enquanto a isso. Quando tu perceber que minha voz ficou mais aguda que o normal e eu fizer aquele movimento com a narina que você acha graça é porque fiquei nervosa, e aí? Aí você sorri. Sorri, porque quando tu sorri eu não resisto, faz aquela cara de cão que caiu da mudança e eu tenho que dar um sorriso de volta. Penso na gente crescendo um com o outro, ou até sendo infantis juntos. Casamento? Talvez seja pensar alto demais, mas já que está tudo tão clichê assim, eu imagino, sim, eu imagino. Não no alto, eu com um véu e tu na beca, não; isso não combina com a gente. Na verdade o que combina é pensar em você de joelhos me olhando com aquele olhar de menino, menino que quer brincar de se casar comigo, mas com a seriedade de um homem que encontrou a mulher que tanto procurou por esse tempo, então você me pede pra fechar os olhos e tira do bolso uma aliança, coloca ela no meu dedo e diz com a voz mansinha “coube?”. Te levo para conhecer minha família e você promete que vai cuidar da pequena deles. Quero envelhecer do teu lado, sim, idiota né? Estúpido. Mas é inevitável pensar no meu futuro sem te imaginar segurando minha mão, e eu também nem quero parar de imaginar desta forma. Te chamar de “meu velho” e olhar para os meus dedos enrugados, quando a aliança já tiver ficado presa no meu anelar, perceber que tudo valeu a pena, inclusive não ser mais possível tirá-la.

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